" DE LISBOA A CALECUTE" 12º e última parte


Arnaldo estava estupefacto. Era aquele o povo escolhido? A “Organização” devia estar louca. Aquela gentalha não passava de vendedores do sertão... Um país de “Oliveiras da Figueira”!
Arnaldo estava profundamente desanimado. Com aquele espírito, os portugueses não iriam a lado nenhum. O “Quinto Império” continuaria encoberto...
Num impulso súbito, pela calada da noite, Arnaldo saltou da nau e nadou até à praia. Ainda encharcado, apanhou o primeiro avião via Frankfurt. Vinte e quatro horas depois estava em Lisboa, na rua do Bemformoso, onde morava o seu coração.
Pelo caminho enviou uma mensagem crítica à “Organização”:
“Maior risco não há
Que o risco de te descobrir,
Rosa das chagas almejada,
Alcachofra por abrir.
Maior risco não há
Que o mundo todo querer,
Rosa dos Ventos armilada
Que ninguém há-de ter.”

FIM
JORGE PINHEIRO

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